Desapego


Hoje o dia amanheceu cinza, desses bem nublados, com cara de domingo de feriado, que tudo o que se tem pra fazer é ficar em casa comendo brigadeiro e vendo um bom filme. Alguns amigos meus voltaram pra casa e os que ficaram aqui estão dormindo. E como eu quero voltar com esse hábito de escrever, porque não tentar agora não é?

Mas primeiro quero que você me imagine. Estou em casa, deitada na cama de pijama escutando "Acima do sol" do Skank e pensando em como resumir minha vida desde a postagem de Fevereiro. Não sei nem por onde começar, e na verdade estou escrevendo pra ver se entendo onde cheguei e porque parei de escrever.

Tive um começo de ano maravilhoso. Entre minhas idas e vindas de Ouro Preto pra São Paulo, tive mais momentos bons do que ruins. Apesar da universidade estar em parte de greve,o que inclui eu estar me virando pra cozinhar (miojo) ou comer fora quase todos os dias, o mais difícil que eu passei foi conviver com a estranheza de morar sozinha.

Mas parece que Maio me desabou.

Sinto meus amigos distantes, e não sei com quem conversar algo tão delicado como a minha saúde. Eu não quero assustar ninguém, e nem passar a ideia de que estou morrendo. Até porque eu não estou. Mas eu tenho dois nódulos e sei que preciso tratar. E eu queria conseguir conversar isso com alguém.

Sinto falta de comprar roupa, apesar de não sentir necessidade nenhuma: meu armário continua borrifando. Outro dia li uma matéria que dizia que nós usamos 20% das roupas do nosso armário o tempo todo, e que os outros 80% ficam encostados. O desafio é fazer o oposto, e é o que estou  tentando. 

Tenho mais de dez livros que estou mais do que ansiosa pra ler. E por algum motivo, comecei todos eles e parei lá pela página 100. Não sei se á alguma falha de concentração ou qualquer coisa. Preciso dar um jeito nisso. 

Nunca deixei de ler os blogs que eu acompanhava. Só que agora acompanho eles por um app, que não colocaram como comentar ainda. Acho legal ver o crescimento do pessoal que tem blog desde a época que eu. 

Percebi que me sinto mais carente, e que ás vezes, tudo o que se precisa é um abraço. Por causa dessa fase, passei a me apoiar muito nas pessoas que me cercam, aqui em Ouro Preto. E às vezes, acabei me apoiando em algumas pessoas erradas, e agora lá vou eu aprender a desapegar de novo. Não é uma reclamação, afinal, toda tempestade tem seu arco-íris não tem?

Claro, tive momentos maravilhosos como a trilha que fiz pro Pico do Itacolomi ou as noites que passei depois da aula indo pra casa dos meus amigos brincar de "Quem sou eu", o novo pessoal que conheci, os rocks, e até alguns raros momentos românticos. 

Mas a gente não vive de passado. A gente vive de presente e busca o futuro. Eu quero desapegar da tristeza.

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