Desculpe o transtorno, precisamos falar sobre ansiedade


Desde criança carrego o peso de ser ansiosa, de sentir as coisas por antecedência e de muitas vezes não saber lidar com as situações. Acho que a primeira "experiência" que eu tive nesse sentido foi quando eu estava no pré, e todos os dias a tia tinha um ajudante. No dia que seria eu, ela pulou meu nome na chamada e eu sofri calada, até chegar em casa e minha mãe me perguntar o que tinha me deixado tão triste. No dia seguinte, minha mãe mandou um bilhetinho dizendo o que tinha acontecido, fui a ajudante da tia e tudo acabou bem. Mas a ansiedade continuou comigo, em várias fases da vida. 

Não sei dizer porque, mas desde a época do colégio eu sentia que sempre sobrava. Acho que eu tinha aquela visão romantizada dos filmes de que todo mundo tinha uma melhor amiga pra tudo, e eu não tinha. Funcionava mais ou menos assim: se o grupo era grande, eu conseguia me encaixar. Se não era, eu já sofria por saber que não tinha companhia. E adivinha? Sou assim até hoje. 

Cresci, e a ansiedade veio atrás de mim, como uma sombra. Algumas épocas aparecia mais, outras menos. Mas de um tempo pra cá, tenho sentido ela muito mais presente na minha vida do que eu gostaria. As pessoas não escolhem ser ansiosas. Não escolhem a hora que se sentem mal. Elas só querem se sentir bem.

Eu ouso dizer que há muitas coisas que deixam as pessoas menos ansiosas. Se distrair, estar rodeado de pessoas que te fazem bem, ler um livro, ver uma série, brincar com o cachorro e  várias outras coisas. Mas o sentimento da ansiedade vem quando estamos sozinhos, com problemas. E por isso precisamos conversar sobre a ansiedade. 

Esse mês pra mim foi bem difícil. Tive várias crises, e em todas elas pude ligar pra minha mãe e tentar entender o que eu estava sentindo. Pra mim, a ansiedade é como se alguém estivesse apertando o meu pescoço e me faltasse um pouco de ar. Minha mãe é uma luz pra mim e sempre soube como me ajudar. 

O mais importante é ao sentir algo assim, procure alguém que lhe faça bem. Pode ser sua mãe, pai, amiga, namorado, avó, cachorro. Mas não fique só. Não deixe o sentimento ruim tomar conta de você. E é por isso que precisamos falar sobre a ansiedade sempre que ela aparecer. Não seja um babaca. Não julgue o próximo. Ajude.

Caso alguém esteja passando por algo assim, estou de braços abertos para trocar ideia e ajudar no que eu puder!

E por hoje é só, um beijo e até a próxima! 

3 comentários:

  1. Adorei o texto, eu não me considero uma pessoa ansiosa mas eu fico ansiosa quando invento um projeto a longo prazo então fico louca para ver ou obter resultados de imediato... mas sei lá kkkkk

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    1. É bem complicado Gabriela! Mas sabendo dosar a ansiedade, não tem problema! Beijão! :)

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  2. Ka, que ótimo texto! É muito importante discutir assuntos que ainda não entram muito na cabeça das pessoas, que é o caso da ansiedade :)

    Beijo! <3
    Cami.

    www.delamila.com

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