Só falta você


Se você espera um texto que fale de um amor não correspondido, ou de alguém que foi embora, pode dar a meia volta. O texto de hoje é sobre a história da minha música favorita.

 A que foi trilha sonora de quase todos os meus momentos dos últimos cinco anos. A que eu me lembro de escutar no carro voltando da escola no terceiro ano, na estrada indo pra casa da minha vó, na rede da casa da minha tia vendo as estrelas, no avião esperando pra vir pra Ouro Preto, sozinha cantando e dançando loucamente, quando fiquei triste porque não passei na prova da USP, ou quando fiquei feliz porque passei na UFOP. A que passou por Vinicius, Guilherme, Henrique, Luiz e vai passar por outros nomes clássicos. Aquela que metade das pessoas que escuta lembra de mim, e quem escutar depois de ler também vai lembrar. Primeiro porque quase ninguém elege uma música sertaneja como sua favorita. Segundo que quem elege enjoa. (E eu não sei como não enjoei até hoje).

A primeira lembrança que me vem na cabeça  dessa música como trilha sonora da minha vida, foi uma noite de 2009. Não lembro o mês, mas estava muito frio em Bocaiúva, e eu estava esperando pra voltar pra casa. Meu mp3 tinha pilha pra só metade do caminho, mas eu sabia que a outra metade eu estaria dormindo. Lembro de ter pego minha manta e me coberto, e ido pra grade da rodoviária, ver as estrelas e observar a estrada. A rodoviária de Boc tem essa vantagem: junta as duas coisas que me fazem pensar num só lugar.

E foi ali a primeira vez que entendi o significado de "Tô de olho na estrada esperando você". Qualquer dia desses eu vou te contar que essa grade ainda tinha mais um mistério, mas hoje não. Diferente do que fala a música, o que eu sinto escutando ela é como se alguém sentisse minha falta, como se alguém a cantasse pra mim. Voltei pra São Paulo com Só falta você no modo Repetir, e nunca mais saiu da trilha sonora da minha vida.

No meio tempo disso tudo, lembro de vários momentos que adoraria contar, mas que talvez só tomem tempo e não acrescentem em nada. Dias felizes, dias tristes. Lembranças boas e ruins. Lá estava essa música pra me consolar, ou me fazer pular de alegria. Mas principalmente pra me dar a nostalgia de bons momentos.

E de vez em quando, numa dessas minhas crises, ela surge no iPod, me fazendo lembrar que já passei por altos e baixos, mas que no final das contas, as lembranças que ficam mesmo, são as boas. Porque eu "Posso até fazer de tudo pra você voltar, e mudar minha rotina só pra te agradar" mas se não for pra acontecer,não adianta desafiar o "meu destino, meu passado, presente e futuro".

E provavelmente o mais importante: essa música tem o poder de "Me tirar dessa agonia de te esperar", e deve ser por isso que eu não me canso de escutar.

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